Avaliação de prescrições em uma drogaria localizada no município do Rio de Janeiro – RJ
Resumo
O objetivo deste estudo é caracterizar os erros de prescrição mais frequentes em uma drogaria de bairro e analisar a elaboração da mesma. Pesquisa classificada como quantitativa, retrospectiva, descritiva e transversal. O estudo foi realizado através da análise documentada, sendo utilizada para a coleta de dados as segundas vias das prescrições, no caso de antibióticos e as primeiras vias das prescrições dos medicamentos sujeitos a controle especial. Os dados foram coletados em uma drogaria situada no município do Rio de Janeiro no período de 01/12/2015 à 29/02/2016. A pesquisa inclui todas as prescrições pertinentes a RDC Nº 20, de 5 de Maio de 2011 e a Portaria 344, de 12 Maio de 1998 -ANVISA. Durante este período foram analisadas 162 prescrições de antibióticos e 327 prescrições de sustâncias sujeitas a controle especial, avaliadas criteriosamente de acordo com as leis 5.991 de 17 de dezembro de 1973, a portaria SVS/MS nº 344 de 12 de maio de 1998 e a RDC nº 20, de 5 de Maio de 2011, sendo avaliadas com os seguintes indicadores: legibilidade, dados da instituição, dados do paciente, dados do prescritor, data da prescrição, posologia, concentração do medicamento, duração de tratamento, forma farmacêutica, rasuras e tipos de receituário. Na categoria de antimicrobianos, em relação à quantidade total de erros, os maiores indicadores foram: 10 (3,12%) receitas mostraram-se pouco legíveis e apenas 1 (0,31%) ilegível; 9 (2,8%) receitas com ausência dos dados da instituição ou prescritor; 3 (0,93%) com ausência da identificação do paciente; 34 (10,6%) com ausência na data de prescrição; 11 (3,43%) receitas encontravam-se ausentes as informações relacionadas à identificação do prescritor, 54 (16,82%) apresentavam ausência da concentração do medicamento ou concentração inadequada, 80 (24,92%) ausência da quantidade de medicamento a ser dispensada,10 (3,12%) estavam sem a posologia, 36 (11,21%) ausência da duração do tratamento; 68 (21,18%) ausência da forma farmacêutica; 5 (1,56%) com rasura. Na categoria de controlados, 20 (1,73%) das receitas eram pouco legíveis e 15 (1,3%) ilegíveis; 4 (0,35%) com ausência dos dados da instituição ou do prescritor; 4 (0,35%) apresentaram ausência na identificação do paciente; 232 (20,1%) ausência da data na prescrição; 11 (0,95%) ausência da identificação do prescritor; 25 (2,16%) ausência da concentração do medicamento; 289 (25%) ausência da quantidade a ser dispensada; 28 (2,4%) ausência da posologia; 318 (27,5%) ausência da duração do tratamento; 205 (17,73%) com ausência da forma farmacêutica; 3 (0,26%) com rasura; 2 (0,17%) prescrições feitas em receituário incorreto. A prescrição é a primeira etapa do ciclo de utilização do medicamento, a mais importante para o resultado final, que é a dispensação e administração correta de medicamentos. Deve ser prescrita de forma a aumentar a comunicação e integração profissional entre prescritores e dispensadores e preenchida completamente para prevenir erros de medicação. A implantação de um novo modelo de receituário poderia contribuir para a redução dos erros relacionados à prescrição de medicamentos e com isso minimizar possíveis riscos.
Palavras-chave
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que após publicado na Revista Presença editada pelo Centro Universitário Celso Lisboa, o mesmo não será submetido por mim ou por qualquer um dos demais coautores a qualquer outro meio de divulgação científica.
Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais coautores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo à Revista Presença e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98).