Cuidado ao familiar de um paciente com neoplasia em estágio terminal
o olhar da enfermagem
Resumo
Introdução: A família é a base da vida das pessoas e quando um membro dessa organização adoece, acaba fazendo com o que os demais membros também venham a adoecer, mesmo que de forma psíquica. Por isso, se deve ter um olhar e o cuidado de enfermagem deve ser holístico, atendo o paciente e sua família¹. Objetivos: identificar as necessidades do familiar do paciente com neoplasia em estágio terminal e discutir o papel da enfermagem no cuidado ao familiar do paciente com neoplasia em estágio terminal. Método: Estudo de revisão integrativa com abordagem qualitativa e descritiva, utilizando-se os descritores: “Enfermagem”, “Cuidados paliativos”, “Família” e “Paciente terminal”. A busca foi realizada entre abril e maio de 2018, nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, obteve-se 306 artigos. Deste quantitativo, foram analisados apenas 09 artigos, que estiveram em consonância com o objeto deste estudo. Resultados e Discussão: Identificou-se que a comunicação verbal e a não verbal são estratégias importantes no processo de cuidado a esse familiar, criando um elo significativo entre a enfermagem e a família do cliente. Verificou-se também que a humanização do cuidado da enfermagem para família é importante, favorecendo a criação de um vínculo com a equipe. Constatou-se que a utilização da escuta qualificada é uma ferramenta importante para o planejamento do cuidado individualizado. Identificou-se que a maneira de comunicar uma má notícia deve ser pensada para não piorar a situação daquele familiar. Existem alguns protocolos para comunicação de más notícias, porém vale ressaltar que cada situação é um momento singular. A comunicação de notícias difíceis causa sentimentos de medo, ansiedade e desconforto tanto para o profissional quanto para quem irá receber essa notícia. Conclusões: Esse familiar possui como necessidade a reorganização familiar, adaptação das mudanças ocasionadas pela doença e por fim, se sentir útil no cuidado de seu ente querido. Nesta perspectiva, o papel do enfermeiro é estar junto a esse familiar, ter a capacidade de ouvir, estimular os pensamentos positivos de toda a família, buscar a criação de um vínculo entre o paciente, o profissional e o familiar e verificar a maneira correta de abordar sobre a possibilidade de uma má notícia. Torna-se necessário que esse tema seja mais discutido, a fim de que estudantes e profissionais tenham um olhar diferenciado no cuidado ao familiar.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que após publicado na Revista Presença editada pelo Centro Universitário Celso Lisboa, o mesmo não será submetido por mim ou por qualquer um dos demais coautores a qualquer outro meio de divulgação científica.
Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais coautores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo à Revista Presença e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98).